Setembro foi o mês da mobilidade, e inúmeros donatários do iCS aproveitaram a oportunidade para discutir e mobilizar a população sobre a importância da caminhabilidade e dos transportes movidos à propulsão humana.

No dia 22, Dia Mundial sem Carro, a Cidade Ativa divulgou a campanha Cidade Ativa Adverte (uma referência à campanha contra o cigarro), que ressalta os males à saúde causados pelos automóveis. Trata-se de uma série de adesivos criativos abrangendo quatro temas: poluição, sedentarismo, estresse e lesões por colisão.

Na mesma data, o SPTV, telejornal da Rede Globo, acompanhou uma pedestre pelas ruas e calçadas de São Paulo, mostrando a importância de uma cidade pensada para a caminhabilidade, e os desafios atuais na maior metrópole do Brasil. Renato Mello, do Corrida Amiga, acompanhou o trajeto.

Dois dias antes, a Rede Nossa São Paulo e o Cidade dos Sonhos lançaram a 11ª edição da Pesquisa de Mobilidade Urbana, que revela a percepção da população em relação ao trânsito e ao transporte público na capital paulista. Entre os destaques, a piora do nível de satisfação em todos os itens relacionados aos aspectos dos serviços de locomoção, contrariando a tendência de melhora registrada desde 2008; a insegurança de 58% dos entrevistados ao utilizar ciclovias ou ciclofaixas; e a certeza de que, para 42% dos paulistanos, as faixas de pedestres estão sendo menos respeitadas.

O IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), por sua vez, lançou um filme de animação explicando o que é mobilidade urbana, com a seguinte mensagem: "Todos têm direito a um sistema de transporte de qualidade para ter acesso a saúde, educação, lazer, trabalho e muito mais."

Para finalizar o mês repleto de ações em prol de melhorias na mobilidade, o Ciclocidade convidou a sociedade para um sábado de rodas de conversa e confraternizações, no dia 30. Entre os temas propostos, a violência de gênero e o atual cenário da mobilidade por bicicleta em São Paulo.

O GIFE – Grupo de Institutos Fundações e Empresas criou um grupo de discussão para que investidores sociais, pesquisadores, organizações e especialistas possam se aproximar ainda mais do projeto “Sustentabilidade econômica das organizações da sociedade civil (OCS)” – implementado em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apoio da União Europeia. O iCS faz parte do novo grupo, cuja reunião mensal terá o papel de acompanhar e colaborar com a construção e efetivação da iniciativa. Esta, por sua vez, visa fortalecer a capacidade institucional da sociedade civil com a produção de conhecimento e alterações normativas e regulatórias que ampliem as condições para a sua própria sustentabilidade política e econômica.

O impacto das alterações climáticas nos movimentos migratórios globais, assim como a capacidade de resposta e reação das cidades, foram o tema do “Seminário Vida Deslocadas – Diálogos sobre Mudanças Climáticas e Mobilidade Humana”, realizado dia 5 de setembro no Museu do Amanhã, Rio de Janeiro. O encontro é o segundo de cinco dos “Diálogos Estratégicos sobre Mudanças Climáticas”, iniciativa do Sistema das Nações Unidas no Brasil e que integra o conjunto de ações para divulgação e promoção da Agenda 2030, em conformidade com o Marco de Parceria das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável 2017-2021. Ana Toni foi convidada e participou de um dos painéis.

No dia 21 de setembro, o GIFE organizou, em parceria com iCS, a 2ª Roda de Conversa sobre ITCMD (Imposto de Transmissão de Causa Mortis e Doação) no Rio de Janeiro. Durante o papo, que contou com a presença da equipe da Furriela Advogados, foi discutida a necessidade de um ambiente regulatório que fomente e estimule a cultura de doação.

A iniciativa Fé no Clima, que reúne lideranças de comunidades religiosas diversas em torno das mudanças climáticas, tem como objetivo avançar no debate e gerar mobilização e articulações que possam influenciar políticas públicas. No dia 22 de agosto, o evento “Fé no Clima – Comunidades Religiosas e Mudanças Climáticas”, organizado pelo ISER e GIP, foi realizado no Museu do Amanhã e contou com debates e apresentações de lideranças religiosas e de especialistas como Sergio Besserman, Raquel Biderman, Sonia Bridi, Adriana Ramos e Ana Toni, diretora-executiva do Clima e Sociedade. Confira aqui os vídeos de todas as palestras.

Ana Toni, Diretora-Executiva do iCS, participou, entre os dias 30 de agosto e 01 de setembro, do Encontro Regional do WINGS para a América Latina, realizado em Cartagena das Índias, na Colômbia. O evento reuniu líderes da filantropia de toda a América Latina, Caribe e Estados Unidos, com a missão de compartilhar conhecimento, alcançar uma visão conjunta das necessidades e do potencial de intercâmbio e colaboração entre as organizações, e identificar temas chave para definição de um roteiro desses futuros intercâmbios. A iniciativa foi da WINGS – Worldwide Initiatives for Grantmaker Support, rede internacional de entidades que atuam na promoção e desenvolvimento da filantropia pelo mundo.

A OAK Foundation reuniu em Genebra, durante o mês de setembro, instituições pares do Clima e Sociedade de todo o mundo – os chamados regranting foundations. Em pauta, as experiências de cada organização em seus países e a troca de conhecimentos e informações sobre técnicas e formas de atuação em cada cenário. O iCS foi representado por Ana Toni.

Délcio Rodrigues é líder do GSCC (Global Strategic Communication Council) no Brasil e conversou com o iCS sobre a importância da comunicação para a causa climática e a necessidade de a filantropia exercer um papel mais influente no financiamento da mídia. Segundo ele, o Clima e Sociedade, ao doar para projetos de divulgação e imprensa como Climate Journalism, Sul21, ANDI e Diálogo Chino, exerce um trabalho fundamental: o de entender as necessidades e caminhos da comunicação. Por outro lado, Délcio avalia que as mídias alternativas precisam também descobrir estratégias próprias de sustentabilidade financeira. Leia a entrevista completa.

O Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas desenvolveu, a pedido do iCS, o relatório “Como se governa a política nacional de mudança do clima no Brasil hoje? – Diagnóstico do desenho e da evolução dos arranjos de governança da PNMC”. No dia 11 de setembro, foi realizada uma reunião no WWF, em Brasília, com o intuito de apresentar os resultados do estudo para entes governamentais e buscar alinhamento sobre o diagnóstico dessa governança climática. O encontro serviu também para levantar subsídios para o workshop “Oportunidades e caminhos para assegurar uma boa governança climática no Brasil”, marcado para o dia 18 de outubro com atores da sociedade civil, setor privado, governos e academia.

A Rede de Barragens Amazônicas, donatário do iCS, se reuniu com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) para desenvolver as bases do que seria a regulamentação da Convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), da qual o Brasil é signatário. Basicamente, trata-se de um instrumento para a inclusão social de grupos indígenas no caminho ao desenvolvimento da América Latina. A intenção da regulamentação é garantir o consentimento de comunidades indígenas tradicionais sobre projetos de infraestrutura que afetem o local onde vivem - em especial, nesse caso, projetos de geração de energia elétrica.

O Instituto Escolhas lançou, no mês de setembro, o estudo “Qual o impacto de zerar as emissões do setor elétrico do Brasil?” A resposta, segundo o documento apoiado pelo iCS, é que essa transição até 2050 teria um papel importante na redução de emissões do setor de energia e não geraria quase nenhum impacto sobre o PIB e a renda familiar. O objetivo da iniciativa foi verificar a relevância e as consequências para o Brasil implementar o compromisso assumido internacionalmente de reduzir as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) do ponto de vista do setor elétrico. A intenção do setor é ampliar a participação de fontes renováveis não hídricas em, no mínimo, 23% da matriz elétrica brasileira até 2030.

Via de São Paulo ganha status de Rua Completa com alterações benéficas para os pedestres

O Rock in Rio, maior festival de música do Brasil, teve sua abertura no dia 15 com o lançamento global do movimento Believe.Earth , cuja missão é ajudar a sociedade a voltar a acreditar em um futuro melhor, próspero e sustentável. Idealizado por Gisele Bündchen, Ana Lucia Villela, Marcos Nisti, Estela Renner, Pedro Paulo Diniz e Marcelo Furtado, a iniciativa tem apoio de diversos segmentos e atores da sociedade civil, como Ana Toni (diretora-executiva do iCS), Anápuáka Muniz Tupinambá (líder indígena da Tribo Tupinambá), Ricardo Henriques (superintendente executivo do Instituto Unibanco) e Vitor Dias Mihessen (líder da Casa Fluminense).